Fora da quarentena nunca tive o hábito de ficar mexendo no rolo da câmera vendo fotos antigas.
Como trabalho viajando, novas fotos e recordações iam acumulando, sem eu ter tempo de vê-las com carinho.
Da nova eu que surge nessa pandemia, tem essa mais enraizada do que voadora, e que tem mais tempo de saborear o presente e olhar com calma os “álbuns” do passado.
Hoje, viajei, daqui do meu sofá, até o Warmi Tinkuy (Encontro Cerimonial de Saberes Andinos), de 2018, no Vale Sagrado Inca, Peru, onde dei uma oficina da Sabedoria das Raizeiras Brasileiras.
Foi uma honra levar nossas medicinas e cantos brasileiros, pra hermanas de vários cantos do mundo, ao lado de Abuelas e mulheres medicinas incríveis, a convite da minha amada Prem Tarika.
Daqui, sinto o cheiro de palo santo, palma dulce e da clássica Água Florida de lá. Sinto a língua amortecida pela MamaCoca, a tontura do soroche, e o friozinho na barriga de estar nesse lugar que amo tanto.
Pachamamita Sagrada.